terça-feira, 28 de maio de 2013

Cadê a a faixa?

Este artigo evidencia a falta de atenção das gestões públicas de Salvador com os pedestres. Destaco a atuação cidadã do Sr. Rubem Rosado, 73 anos, morador do Barbalho, que se dedica a organizar o trânsito, dando vez aos pedestres que precisam atravessar.


Pedestres sofrem para atravessar na faixa em Salvador...quando elas existem

Nas ruas, é comum encontrar só esboços de faixas de trânsito, o que sobrou de pinturas antigas da sinalização, que deveriam dar ao pedestre o direito de atravessar


Atropelamento é a maior causa de morte no trânsito de Salvador

Esta matéria informa que a pedestre atropelada estava próxima a uma passarela, tentando responsabilizá-la pelo atropelamento do qual foi vítima. É muito fácil culpar o pedestre atropelado próximo à passarela. Mas é bom lembrar que não há  legislação que o obrigue a usar a passarela!

http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/mulher-morre-atropelada-a-poucos-metros-de-passarela-em-sao-cristovao-diz-transalvador/


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Mulher morre atropelada a poucos metros de passarela em São Cristóvão, diz Transalvador

Ela morreu na hora. O motorista fugiu sem prestar socorro, ainda de acordo com a Transalvador

25.05.2013 | Atualizado em 25.05.2013 - 09:49
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Da Redação 
Uma mulher morreu atropelada no início da manhã deste sábado (25) na avenida Caribé, no bairro São Cristóvão, em Salvador. O atropelamento, segundo a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), aconteceu a poucos metros de uma passarela, às 6h30.

A mulher, que não foi identificada pela Polícia, foi atingida em cheio quando tentava atravessar uma das vias. Ela morreu na hora. O motorista fugiu sem prestar socorro, ainda de acordo com a Transalvador. Além da morte por atropelamento, nas últimas 12 horas, foram registrados quatro acidentes, com três feridos.
Leia também:
Atropelamento é a maior causa de morte no trânsito de Salvador


Mortes por atropelamento
Em 2011 e 2012, o atropelamento foi o tipo de acidente que mais resultou em mortes no trânsito da capital baiana. No ano passado, Salvador registrou 249 vítimas fatais em acidentes de trânsito, de acordo com dados da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador).

Destas mortes, aproximadamente 47% (117) foram por atropelamentos, o tipo mais comum de acidentes com mortes na capital baiana em 2012. Em segundo lugar, estão as colisões, que resultaram em 68 mortes (cerca de 27%).
Já em 2011, foram 233 mortes no trânsito, sendo 118 vítimas de atropelamento (aproximadamente 51%). O número de pedestres que foram vítimas fatais em 2012 é quase o mesmo número de mortes em atropelamentos (116). E, só neste ano, cinco das 18 mortes no trânsito (cerca de 28%) foram de pedestres. 
Os dados são alarmantes e o percentual chama atenção em relação ao que acontece ao redor do mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, cerca de 1,24 milhão de mortes acontecem no trânsito em todo o mundo. Deste total de mortes, "apenas" 22% (mais de 27 mil) são de pedestres. 

Atropelamento é causa principal de mortes no trânsito em Salvador (Foto: Arquivo)

Estreitamento das vias para alargar as calçadas

Eis uma ideia que venho amadurecendo para em breve postar algo a respeito. Por enquanto, compartilho esta notícia trazida por Tânia Passos:

Um novo olhar para as calçadas


http://blogs.diariodepernambuco.com.br/mobilidadeurbana/2013/05/um-novo-olhar-para-as-calcadas/

quinta-feira, 23 de maio de 2013

"As calçadas revelam o caráter de uma cidade"

Veja na íntegra entrevista publicada na revista Prisma, edição de maio/2013, e reproduzida no portal Mobilize Brasil, com o arquiteto paisagista Benedito Abbud.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Multa para motorista que não respeita o ciclista

O site Vá de Bike noticiou o aumento da fiscalização, em São Paulo, dos motoristas que desrespeitam os ciclistas. Isso é muito importante, pois aumenta a segurança para o ciclista e humaniza a cidade. Quando teremos uma maior fiscalização desse tipo em Salvador? Vejam o artigo na íntegra:


Um motorista é multado por hora por desrespeito ao ciclista em São Paulo

Ultrapassar o ciclista na mesma faixa em que ele está é colocar sua vida em risco
Ultrapassar o ciclista na mesma faixa em que ele está é colocar sua vida em risco – por isso a autuação.
Desde maio de 2012, a CET - Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo - tem fiscalizado e multado motoristas que colocam em risco ciclistas nas ruas. A ação é resultado direto de negociação entre cicloativistas e o poder público, em reunião realizada em março de 2012 na sede da SMT/CET (veja detalhes). Em 11 meses, foram aplicadas 8.844 multas, o que corresponde, em média, a um motorista autuado a cada 55 minutos.
Esses números trazem duas reflexões importantes. Primeiro, a quantidade absurda de abusos contra a vida por parte de quem está dirigindo, seguramente muito maior que o total autuado. Em segundo lugar, pode-se perceber que a fiscalização foi intensificada, porque no primeiro mês foram apenas 91 multas, numa média de três por dia.
Leia também
É justa a fiscalização de motoristas que passem perto de ciclistas?

Base legal

Nenhuma dessas infrações é nova. As autuações serão feitas com base em artigos que fazem parte do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) desde sua criação,  em 1997. A única novidade é sua fiscalização efetiva e a aplicação das multas.
As autuações são feitas com base nos seguintes artigos:
  • art. 169: Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança. Será aplicada a quem passar perto demais de um ciclista (a menos de 1,5m, ou seja, sem mudar de faixa), jogar o carro em cima ou outras formas de ameaça que intimidem ou coloquem em risco quem estiver em uma bicicleta. Conforme estabelecido no CTB, R$ 53,20 e três pontos na CNH.
    .
  • art. 197: Deixar de deslocar o veículo com antecedência, mudando de faixa quando for dobrar uma esquina. Aplicada a quem fechar o ciclista para virar em uma rua, ou fizer essa conversão passando perto demais do ciclista, sem mudar de faixa. O motorista deve esperar o ciclista passar, sem cortar sua frente. R$ 85,13, quatro pontos na CNH.
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  • art. 220: Ultrapassar ciclista em velocidade incompatível com sua segurança. Ultrapassar acelerando, ou em velocidade que o coloque em risco, é a situação que resultará na aplicação dessa multa. R$ 127,69 e cinco pontos.
O CTB é aquele conjunto de leis que os motoristas são obrigados a aprender no Centro de Formação de Condutores, para conquistar o direito de dirigir um veículo motorizado em qualquer lugar do país. Isso significa que, se a pessoa for habilitada e não tiver comprado o exame, teve que aprender todas essas regras para que pudesse conduzir um veículo com motor sem colocar a vida de ninguém em risco. Portanto, não há desculpas para seu descumprimento.

Metro e meio

O artigo 201 do CTB define a distância lateral de 1,5m ao ultrapassar ciclista. Mas optou-se por utilizar o artigo 169, por ser mais abrangente que o 201 e dar maior liberdade de atuação para o agente de trânsito. Além disso, o detalhe técnico da redação do artigo 201, especificando a distância a ser mantida, resultaria em inúmeros recursos pedindo aferição da distância entre os veículos no momento da multa.
Para saber a importância de manter um metro e meio ao ultrapassar ciclista (ou mudar de faixa), leia este artigo.

Por que multar?

O maior problema para quem pretende utilizar a bicicleta nas ruas hoje é, sem sombra de dúvida, a atitude de alguns maus motoristas, que não aceitam a presença da bicicleta na rua e tentam punir o ciclista por isso, através da conhecida “fina educativa”, fechadas, buzinadas e ameaças com o ronco do motor e o tamanho do carro.
Esse tipo de comportamento assusta (e às vezes também fere, mutila e mata) quem está com a bicicleta na rua e afasta muita gente que gostaria de utilizá-la mas não tem coragem de encarar o trânsito. Também faz com que muitos ciclistas optem por usar a calçada, onde se sentem mais seguros.
O objetivo dessa fiscalização não é punir motoristas indiscriminadamente com multas. É deixar claro que essas atitudes colocam em risco a vida de quem está em uma bicicleta – e justamente por isso merecem autuação. Entenda melhor essa questão.

Mas é justo isso? Os ciclistas não levam multa!

Embora saibamos que muitos ciclistas desrespeitam leis de trânsito, as infrações que são autuadas nesta fiscalização colocam diretamente em risco a vida de terceiros, por isso precisam ser priorizadas. Mas a discussão sobre esse ponto foi aberta nesta página, participe. Também discutimos se essa fiscalização aos motoristas é justa, veja aqui.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pedala Salvador

O secretário municipal de Cidade Sustentável de Salvador,  Ivanilson Gomes, publicou no jornal A Tarde, edição de 14/05/2013, artigo que defende o uso das bicicletas para o deslocamento nas cidades. Ele cita os exemplos da Colômbia e do Chile, que direcionam investimentos para o uso de outras formas de locomoção, devolvendo a cidade para as pessoas, para os encontros e as formas de interação cotidianas. Isso é o ideal também propagado pelo blog Rua de Gente. Vejam o artigo na íntegra:




Pedala Salvador

Ivanilson Gomes
Jornal A Tarde, 14/05/2013
ivanilson.gomes@salvador.ba.gov.br
Secretario da Cidade Sustentável de Salvador

Uma cidade sustentável tem, como um de seus pilares, formas de deslocamento limpas em modais que se integram, para que as pessoas se sintam seguras e incentivadas a mudar estilos de vida, entendendo que o ar condicionado de um carro trancado, parado e congestionado pode não ser a melhor alternativa para deslocamentos cotidianos.

As horas gastas no trânsito diariamente multiplicam-se na mesma proporção que novas concessionárias abrem as portas, aproveitando a redução de impostos para manter acesa a chama do modelo econômico baseado no consumo como caminho para a felicidade.

Enquanto o Brasil insiste nessa receita, países como Colômbia e Chile, direcionam investimentos para o uso de outras formas de locomoção, devolvendo a cidade para as pessoas, para os encontros e as formas de interação cotidianas. Enquanto temos seguidas reduções de IPI para automóveis individuais, não há sequer 1 programa do governo federal de incentivo ao uso de bicicletas. Acredite: o PAC da mobilidade não prevê recursos para ciclovias, ciclofaixas e etc..

O uso das bicicletas para o deslocamento nas cidades tem se destacado como solução para o nó cego que se transformou o trânsito. Poucas vias para muitos carros e um transporte público ainda longe do necessário fazem do deslocamento diário uma via crucis para a maioria das pessoas.

Cerca de 50% dos deslocamentos intra-urbanos tem uma distância menor ou igual à 5 km, ideal para o uso da bicicleta como modal. A bicicleta é ainda um importante elemento para o deslocamento da maioria da população de baixa renda que, em muitos casos, caminha longas distâncias por não ter recursos e acesso ao transporte na cidade. Ciclovias, ciclofaixas, paraciclos, pistas e ruas de trânsito compartilhado são apenas o início de um processo cultural que deverá ir fundo nos nossos conceitos. Há poucos dias um ciclista foi atropelado e morreu em Paripe. O respeito ao próximo, muitas vezes completamente ausente no trânsito, torna-se fundamental para a mudança na rota necessária para destravar nosso cotidiano e nossas mentes.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Você é o transito

O Blog Rua de Gente iniciará com esta postagem uma nova seção dedicada a notícias veiculadas na internet, de autorias diversas e relacionadas diretamente ao tema central de mobilidade urbana, em especial sobre pessoas e meios não motorizados. O vídeo e o texto a seguir foi disponibilizado pelo Site Mercado Ético:
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/voce-e-o-transito/#


Salve moçada! Na semana passada compartilharam no meu facebook um vídeo super bacana que fala sobre os problemas do trânsito. Nas médias e grandes cidades se perde muito tempo com os deslocamentos, é muito carro para pouco espaço. Pô, e o pior é que rola o maior estresse com esse negócio de ficar preso no engarrafamento. É buzina que não acaba mais. Mas não adianta nada buzinar, não resolveremos essa lentidão no grito kkk
Por outro lado, ações como optar pela bicicleta, pelo transporte coletivo ou ainda ir a pé podem ajudar muito a melhorar o trânsito. Além disso ainda faz bem para a saúde, para o bom humor, para o bolso e para o meio ambiente, pois exercitamos o corpo e reduzimos o consumo de combustível. Eu Não Sou o Trânsito é um vídeo que demonstra que pequenas atitudes com essas fazem muito a diferença. Vejam que legal!
Xô preguiça! Vamos gastar mais sola de sapato, andar de buzão e pedalar.
(Blog do Julio/ Mercado Ético)